quinta-feira, 31 de julho de 2008

PALMEIRAS 1X0 FLAMENGO

O FLAMENGO NAS MÃOS DE VANDINHO
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A maior torcida do mundo está nas mãos de Vandinho. Até que surja algo novo – e tomara que não demore – a nossa situação é essa aí. A derrota de ontem mostrou que o Flamengo joga a mesma coisa há cinco jogos, exatamente igual. Se tomar gol, 1x0 pros caras, e se não tomar, 0x0. Agora, se tiver valendo gol com a mão, o placar pode ser qualquer um. Essa é a nossa atual sina, pois os três caras que seguravam a bola no ataque foram embora, em sequência. O Souza é muito ruim, mas o Obina é o Obina. Enquanto que o Renato Augusto e, principalmente, o Marcinho eram diferentes da maioria. Soma-se a isso o azar da eficiência do Kléberson, com alto aproveitamento de pontos e lesão após lesão. Mas isso é leite derramado.
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Voltando ao assunto que nos resta, o artilheiro da Ilha já provou que sabe pôr a esfera no retângulo, mas a camisa do Leão pesa 115 gramas e os adversários da Ressecada são CRB, Brasiliense, Barueri, Juventude... O cara pode ter uma puta personalidade, ou então uma absurda tranquilidade, sei lá. Pode dar certo no início. Mas também o sujeito pode ser, emocionalmente, um homo-sapiens normal, padrão. Aí, estaremos fudidos. Ou seja, no domingo saberemos do que Vandinho é feito. E a nossa vantagem é que se vier notícia boa, estaremos quase resolvidos. Mas se ele for um cidadão normal, a minha esperança ainda seguirá aguardando o Felipe, Vagner Love, Ronaldinho, Zico...

terça-feira, 29 de julho de 2008

FLAMENGO 0x0 BOTAFOGO

O ARTILHEIRO DO PRIMEIRO TEMPO
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Quando o Marcinho foi vendido, li na internet várias manifestações públicas de desdém em relação ao sucesso dele na Gávea. Muitos viam a perda da cria Renato Augusto como algo muito pior: “Foi embora o maluco, e que vá com Deus!”. Eu achei estranho. Os jogos que eu via eram bem diferentes daqueles analisados na rede. Nos meus, o Marcinho era indispensável. O sucesso do Flamengo, líder isolado, se dava, principalmente, ao tripé formado pela extensa muralha defensiva, dois meias de rara habilidade - Juan e Léo Moura, nessa ordem - e, pra fechar, o Artilheiro do Primeiro Tempo. O primeiro jogador que eu vi, na minha vida, que só jogava meia pelada. Acabava com o jogo antes do intervalo e depois ficava passeando pelo gramado até ser substituído. Saía, sempre, aplaudido – mesmo nas poucas vezes em que não meteu gol.
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Vamos às contas. O Marcinho foi vendido às vésperas do jogo contra o Coritiba, na 12ª rodada. Portanto, com ele no elenco, o Flamengo jogou 11 vezes no Brasileirão. Pois bem, o maluco foi titular nas 11 partidas e fez 7 gols. A média é excelente, mas ela não mostra o mais importante: 6 gols no 1º tempo e 1 gol aos 5 minutos do 2º. Na estréia sem torcida, jogo aparentemente fácil contra os reservas do Santos, o Marcinho fez 1x0 e tornou a brincadeira fácil de verdade. Contra o Inter, voltando do intervalo perdendo de 1x0, o Marcinho empatou aos 5 do 2º tempo, abrindo o caminho pra virada e impulsionando a massa rubro-negra, que vaiara até o placar eletrônico no 1º tempo. Contra o Figueirense, o doido começou os trabalhos aos 2 minutos da etapa inicial (e eu não vi, pois entrei atrasado). No intervalo, 4x0, com 3 do louco varrido.
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E, pra finalizar, o comentário do Mestre Martins, sobre a simbologia do gol do Marcinho, no início do jogo contra o Atlético, no Mineirão, quando ele foi lançado, partiu pra bola, bocejou, cortou o zagueiro, coçou a bunda, e bateu de esquerda – a perna ruim –, pra fazer 1x0 e sair andando, ajeitando as calças. O Marcinho faz 1x0 no Galo, no Mineirão, com 16 minutos de jogo, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Parecia simples. Bem fácil até.
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Talvez tenha demorado um pouquinho, mas agora, depois de 2 gols com a mão em 4 jogos sem o Marcinho (e 2 pontos conquistados em 12 possíveis), tenho a impressão de que a gratidão ao doidinho está ficando do tamanho do que ele fez pelo Flamengo. Contra o Botafogo, a sua ausência foi, mais uma vez, doída. Quando o Flamengo joga mais, o time pressiona, encurrala e nada acontece. Eu quero saber qual jogador faz 6 gols em 11 tempos, com média superior a um gol por partida. Ou seja, o Marcinho apenas fazia aquilo que ninguém no Flamengo faz e, ainda por cima, no momento mais importante do jogo. Principalmente no Maracanã, onde todos os times brasileiros sabem que vale tudo, menos tomar gol logo no início e, assim, deixar a Massa Rubro-Negra entrar em campo. Ou, como disse o grandioso poeta Vanderlei Luxemburgo, no fim do ano passado, no Maracanã: “Só não pode deixar o monstro acordar!”. Pois é, venderam o nosso despertador.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

ESCLARECIMENTOS SOBRE O FLAMENGO NO MAIOR DO MUNDO

FLAMENGO 0X1 VITÓRIA
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Após a derrota de ontem, estão dizendo por aí que o Flamengo anda patinando no Maior do Mundo. Nessas horas de empolgação do arco-íris nacional, os fatos ajudam bastante pra acalmar os ânimos. Como diz Dadá, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa e, portanto, vamos separá-las.
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Em primeiro lugar, é claro que o nosso desempenho em casa está abaixo do que o Flamengo deseja, precisa e, muito mais importante, sempre faz e é capaz de sempre fazer. Ou seja, o nosso aproveitamento está muito aquém do nosso potencial.
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Outra coisa é arrotar que está faltando consistência ao Flamengo no Maracanã, nesse Brasileirão 2008. Abaixo, segue uma tabela comparando o retrospecto rubro-negro no Maraca (mandante e visitante neutro) com os desempenhos dos outros times, pra vermos se estamos realmente tão mal assim. (Sem entrar no pequeno detalhe da nossa módica média de público, acima dos 42 mil pagantes, enquanto o vice nesse quesito - o Grêmio - não chega a 28 mil.)
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Pode-se concluir que estamos abaixo de nós, mas ainda muito acima da mediocridade nacional.
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(E pra quem gosta de patinação, eu recomendo esperar a volta da temporada do 'Holiday On Ice', no Maracanazinho. Tenho um amigo tricolor que já viu várias vezes e adorou.)
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(CLIQUE PRA AMPLIAR)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

LITERALMENTE

Puta-quiu-pariu, literalmente.
Só foi elogiar que a merda veio.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

VÃO OS RENATOS, FICAM OS CAMPEÕES

ATLÉTICO-MG X FLAMENGO
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Nas últimas semanas, a Gávea virou um depósito de notícia excelente. Há muito tempo, só coisa boa nos acontece. A última foi a venda do Renato Augusto, mesmo sendo a preço de banana ouro. É o segundo Renato que perdemos em duas temporadas, mas dessa vez a minha impressão é outra. Agora, o Flamengo terá meios financeiros (porque lábia ajuda, mas não paga conta) pra pagar o que deve pelo Bruno, Ibson, Marcinho (‘o artilheiro do campeonato’) e, principalmente, segurar o Juan, o gênio da bola. Além, é claro, de outros caras que não possuem tanto ‘mercado’ quanto o Renato ou o Juan, mas que despertam cobiça por onde passam, como o Léo Moura. E ainda tem a pequena vantagem de garantir salários em dia, o que, definitivamente, não é nada ruim.
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É claro que não é um assunto fácil, principalmente ao vermos o preço pago pelo serviço. Renato Augusto valer o mesmo que o Henrique é brincadeira. Essa é a diferença entre o Palmeiras e o Flamengo, entre alguém com dinheiro e outro desesperado. Em relação ao aspecto esportivo, se daqui a quatro anos o Renato Augusto for eleito pela FIFA o melhor jogador do mundo, provavelmente reclamaremos desse ridículo preço pelo qual ele foi vendido. Mas, sinceramente, quem tiver memória vai lembrar que foi essa venda que garantiu a permanência do fantástico elenco hexa campeão brasileiro.
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Hoje à noite, após a vitória no Mineirão, o Kleber Leite tem que telefonar pro Juan e perguntar pra ele: “Meu filho, o que você quer?” Se ele disser que é uma mansão no Caribe, o Flamengo compra. Se for uma Ferrari, o Flamengo dá, e se for treinar apenas em dias de sol, o Flamengo aceita. Porque craque se trata com carinho no rosto e dinheiro no bolso. Agora, se ele fizer manha e disser que só fica se derem pra ele a camisa 10 do Flamengo e do Zico (e, até ontem, do Renato Augusto), aí o Kleber terá a chance de construir um grandioso ídolo rubro-negro. Ao maior meia-armador do futebol brasileiro, eu desejo a camisa do maior craque do meu mundo.